domingo, 8 de agosto de 2010

Meu sex and drugs sem nenhum rock’n rool


Eu queria ser extremamente inteligente para inventar uma máquina do tempo, só para voltar aos anos 80, onde tudo era mais fácil e o bom rock’n rool ainda não era extinto. Maldita seja a globalização, que ainda não, mas quase pôs em extinção nosso rock, que foi cruelmente assassinado pelas cores do arco-íris.

Século 21, um colapso musical. Nossas bandas que berravam direitos, foram substituídas por outras que insinuam sexo, e falam de amor sem ao menos saber o que é. Desculpe, não posso generalizar estas bandas como rock.

Pensando bem, pensando bem mesmo, elas não passam de meras fotocópias da nossa sociedade, infelizmente, fútil. Isso justifica o sucesso que fazem entre adolescentes mimados, frutos da nossa nação fast-food, que não dão a mínima para questões realmente importantes, como o voto. Estatísticas apontam que menos de 10% dos adolescentes não exercem e não acham importante o direito de votar. Triste e real. Infelizmente real. A juventude hoje, é uma banda numa propaganda da coca-cola.

Nossa cultura musical passa por uma turbulência, daquelas que derrubam. Conseguimos o direito de expressar, mas não usufruímos mais. Entenda, o rock é expressão, é falar o que pensa, é banalizar o governo, é denunciar, é lutar, é provocar, é abrir dúvidas, é gerar conclusões, é refletir. Minha cabeça não aguenta mais ouvir sobre “garotas radicais”, estou (estamos) precisando de uma nova inspiração, esse rockmulticolors não me faz pensar, não me cria ideias. Por isso que com louvor, eu agradeço ao meu velho e bom rock’n rool. E pode ter certeza que em alguma parte do nosso “brasilzinho” existe um ser racional que fará ressuscitar o nosso rock.

[...] Enquanto isso, eu espero pela volta dos engenheiros.


Luã Quintão.

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