quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Liberdade, sexo e paixão


O nome pode soar meio estranho, mas “Febre do Rato”, acredite, é um filme excelente. O longa marcou o lançamento da 19° edição do Vitória Cine Vídeo e contou com a presença do diretor pernambucano, Claudio Assis.

Quanto às críticas... melhor expressar a minha: Polêmico, chocante e verdadeiro. É assim que defino o ‘Febre do Rato’.

Levando em conta o meu apreço por coisas levemente exóticas, digamos, é possível certo repúdio das pessoas. Isso porque o filme é repleto de imagens fortes, com sexo, drogas e forró nordestino. Nada fora do clichê dos cinemas, se não fosse o teor excessivo das respectivas imagens.

Nas cenas de sexo, um banquete com direito a nudez total, sexo explícito, masturbação, maquina de xerox, urina e homossexualidade. A maconha esteve presente em pelo menos 90% da história. E o bom forró nordestino embalou o clima do drama.

Há quem considere as cenas de nudez, nas quais percorreram do começo ao fim, um mero atentado ao pudor ou, até mesmo, que pairam a pornografia. De fato, a clareza com que o autor decidiu mostrar tal aspecto é explícita. Mas, cabe a cada pessoa a interpretação.

Deixando de lado as cenas excessivas e, para tantos, desnecessárias, o filme em si conta a história de um poeta anarquista, vivido por Irandhir Santos, que vive num mundo pessoal e promíscuo, onde tanto a mulher quanto o homem não se diferem.

Além de orgia, a provocação, o corpo dividido em pedaços de xerox...  o filme fala de paixão. Paixões sem limites, raça, tamanho, peso, altura, classe social e qualquer outra diferença. Fala de igualdade e liberdade. 

A fotografia marcante, a imagem em preto e branco, a naturalidade da atuação e a poesia. Uma composição agradável que faz do longa um grande clássico.

Liberdade, sexo e paixão. Fim. 

Trailer:

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